
Ricardo Valadas, Presidente da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal da Polícia Judiciária.
Correio da Manhã, 14 de janeiro de 2017
Muito se tem falado em determinados setores sobre a PJ o seu papel.
A Polícia Judiciária, a única Agência Nacional de raiz, criada e vocacionada para a Investigação Criminal em Portugal, está muito próxima de se elevar ao próximo nível: uma Instituição do Estado, pensada e definida estrategicamente e operacionalmente para uma razão temporal e espacial de décadas.
Muito se tem falado em determinados setores, sobre a PJ e o seu papel, sendo reiteradamente, colocada em causa por outros intervenientes do sistema de segurança, a sua existência ou supressão de competências, por sua vez, redirecionadas para outras polícias de cariz generalista.
Quem falará por último, será sempre o País e os seus cidadãos, será sempre o interesse público, e será sempre a necessidade de Portugal e o seu povo, desejar ter uma PJ de excelência, equidistante, isenta e vocacionada para o estrito cumprimento e razão da prevenção, deteção e investigação da criminalidade grave, violenta e altamente organizada que de forma real ou potencial, tanto nos afeta.
A PJ foi criada para ser uma polícia de e para a Justiça, assente nos superiores interesses da Justiça, Liberdade, País e Cidadãos.
No dia que alguém coloque em causa a razão de existir da PJ, na sua plenitude, desconfiem desses "amigos da justiça" pois estarão com certeza a escutar a voz de todo o tipo de interesses, menos de quem deseja efetivamente uma Justiça Penal isenta e objetiva.