
Ricardo Valadas, Presidente da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal da Polícia Judiciária.
Correio da manhã, 10 de junho de 2018
Exigimos reposição remuneratória dos dez anos de congelamento.
A ASFIC-PJ, no âmbito das suas funções sindicais, há muito que tem encetado diligências junto do Ministério da Justiça, o qual tutela a PJ e junto da Assembleia da República, de forma a sublinhar a imperiosa necessidade de virem a ser descongeladas as progressões horizontais e materializada a reposição remuneratória dos cerca de 10 anos de congelamento dos funcionários da carreira de Investigação Criminal da PJ.
Qualquer organização assente numa estrutura hierarquizada, com a especificidade da missão da PJ, terá de ter presente que a sua alma mater, reside naqueles que constituem o seu capital social, no caso da PJ, os que arriscam diariamente as suas vidas e impedem que outras tantas vidas inocentes sejam, ceifadas, constrangidas ou lesadas no seu património.
Os funcionários de Investigação Criminal vêem como imperativa a materialização da reposição remuneratória dos cerca de 10 anos de congelamento dos funcionários da carreira de Investigação Criminal da PJ, sendo tal, o padrão compensatório mínimo para quem tanto dá ao país. Não se apagam anos de vida e a PJ é das poucas - senão a única - carreira do estado que nao possui promoções automáticas.
Não nos consideramos acima de ninguém, mas, qual mito de Atlas, suportar o peso do céu, na perspetiva de um castigo, não é justiça. Num principio igualitário, salvaguarda da democracia portuguesa, se há para um, há para todos.