A propósito da adesão às greves e do impulso que os colegas mais novos deram nesse sentido, um médico referiu recentemente que as novas gerações têm expectativas diferentes das antigas.
Tal como nessa profissão, também as novas gerações da Polícia Judiciária – apesar de inequivocamente comprometidas com a missão e conhecedoras dos ónus das funções da investigação criminal – têm uma visão diferente ao entenderem – e bem! – que não pode ser exclusivamente à conta de dedicação e disponibilidade ilimitadas que deve ser desempenhada a função na PJ.
Ao invés, a instituição, ou melhor, os seus dirigentes, têm o dever de planear a sua atividade no sentido de permitirem aos seus trabalhadores a fruição da sua vida pessoal e familiar. Às novas gerações – e por arrasto às mais antigas – não resultarão as velhas fórmulas assentes no ‘amor à camisola’.
É assim que a gestão de recursos humanos devia ser pensada, na linha do que dizem os avisos financeiros de que rentabilidades passadas não são garantia de rentabilidades futuras. Mais depressa se dirá que ineficiências passadas serão ineficiências futuras, talvez exponenciais, se nada for feito.