Difundidos que foram estudos sobre o impacto do trabalho na saúde mental dos magistrados, reconhece-se que, no caso da PJ, pouco se tem falado sobre o assunto, e que o apoio psicológico existente é maioritariamente facultado pela ASFIC.
Nos citados estudos, foram apontadas causas como o excesso de inquéritos, a penosidade de algumas jornadas e as exigências ditadas pelos prazos processuais. São causas comuns ao trabalho na PJ, aqui acrescidas por vivências que impressionam o âmago de qualquer um.
Aqueles colocados nas brigadas de crimes violentos, não raras vezes, lidam com coisas que a maioria da população felizmente desconhece. O mal praticado, objeto de trabalho dos polícias, e que não seja rapidamente desvendado, é como uma ferida aberta na mente, e só com muito equilíbrio emocional é que se consegue seguir em frente, a bem da investigação e do investigador.
Sabendo-se disso, e principalmente nos serviços onde se deslindam os atos mais repugnantes, deveria haver especial atenção com a saúde mental, e não deixar as coisas correr termos como habitualmente. A ASFIC/PJ faz o que pode. Todos poderiam fazer muito mais.