No que vem sendo habitual todos os anos, em breve iniciar-se-á um novo curso de formação de magistrados no CEJ que inclui formandos provenientes da PJ.
Compreende-se a motivação das pessoas que, portadoras das habilitações exigidas e com (muitos) conhecimentos práticos, resolveram ingressar numa carreira que encerra outro estatuto social e remuneratório. Além disso, nas novas profissões não haverá piquetes nem prevenções, por exemplo, e a exigência de adequação na atuação será em relação a factos constantes de autos e relatórios, e não presenciados e intervencionados no seu decurso.
Os que saem são quase sempre da categoria de inspetor, e questiona-se como é que conseguiram passar nas provas do CEJ, mas não conseguiram progredir dentro da PJ. A resposta é simples: não lhes foram dadas grandes oportunidades, visto que os concursos de promoção dentro da instituição são raros (dois para chefes e dois para coordenadores nos últimos 16 anos) e parcos em número de vagas.
Vedando a progressão e não se valorizando as pessoas, elas tendem a partir para uma melhor vida noutras paragens, e com elas seguem todas as competências adquiridas. É pena