Há superiores hierárquicos na Polícia Judiciária que, pela forma como não protegem a maternidade e a paternidade, não só parecem esquecer o espírito das leis como a sua própria proveniência.
A ASFIC/PJ não esquece que, há uns anos, uma funcionária de investigação criminal foi sancionada disciplinarmente porque não participou numa diligência, a realizar de madrugada, uma vez que não tinha com quem deixar a sua filha.
Atualmente, por alguns, os períodos de amamentação são vistos como uma incompreensível quebra de deveres funcionais, e o acompanhamento de filhos menores como algo que põe em causa o próprio Serviço.
Isto só demonstra incapacidade na gestão de pessoas porque, com o atual quadro de funcionários, havendo vontade, os ciclos de maior ou menor disponibilidade dos funcionários podem ser conciliados nas várias áreas de investigação. A base desta casa são as pessoas. O respeito pelo que de mais fundamental existe, o direito à fruição da vida, na qual a família tem papel primordial, não pode ser esquecido ou menorizado, isto se queremos funcionários focados e motivados para o cumprimento da missão.