O achismo é uma corrente de pensamento não reconhecida e que consiste em dar opiniões sobre tudo e mais alguma coisa, iniciando todo o discurso com um “eu acho”, ou “eu entendo”, como se parcos conhecimentos sobre um qualquer assunto fossem suficientemente relevantes para validar o que, de outra forma, seria chamado de palpite.
Os achistas, mesmo em matérias de grande importância, não se desassossegam por o seu discernimento não ser suportado na mais básica aritmética, quanto mais em análises de custos ou previsões de resultados. Se se ficar só pelo comentário, o achismo não é perigoso, mas quando é praticado por quem tem poder, e associado a uma qualquer militância, torna-se um enorme problema no âmbito da decisão política. Nem de propósito, parece que o SEF será extinto daqui a um mês mas os funcionários ainda não sabem para onde vão, nem quando, como, ou o que vão fazer. E se for seguido o exemplo do PUC\EUROPOL\INTERPOL, nem para o ano a situação vai ficar resolvida. Exige-se respeito, transparência e estratégia, porque estamos a falar de pessoas, das suas famílias e da segurança nacional, assuntos demasiado sérios para achismos.