Da confiança

Não seja para agradar a alguém, mas pelo brio de ajudarmos à Justiça.

Disse o poeta maior que mudam-se os tempos, as vontades, e até a confiança. Não nos compete a nós desdizer Camões, nem fazer comentários a factos recentemente ocorridos. Certamente que haverá razões para os procedimentos adotados, e nenhuma outra observação será produzida pela ASFIC/PJ senão que o tempo (sempre o tempo) será o melhor julgador das decisões.

Mas podemos discorrer sobre a confiança que temos em nós próprios e que não mudará com o turbilhão levantado. Para a manter, bastará pugnar para que os nossos orgulhosos associados se mantenham afastados dos caminhos ínvios e que apenas trilhem os percursos onde se honra a profissão. E se em algum momento essa postura não for apreciada como devia, que tal nunca lhes tire o sono, porque merecerão sempre o reconhecimento dos justos.

Se nós, investigadores, consumirmos dias e noites em desassossego e premência, que não seja para desperdício em vaidades ou protagonismos, ou para agradar a alguém, mas sim pelo brio de ajudarmos a fazer Justiça, nossa única obrigação e comprometimento. É aí onde ancoramos a nossa confiança, e é por isso que tantos confiam em nós. E isso não irá mudar.