Desafios sindicais

Funcionários motivados e respeitados traduz-se em ganhos tangíveis.

Numa era de individualismos, em que se perdeu o sentido do coletivo, tempos difíceis aguardam os sindicatos. Por um lado, generaliza-se o conceito do homo economicus (questões basilares: quanto me custa/o que é que eu ganho com isso?), abstraindo-se de outras dimensões o ser humano. Essas pessoas não percebem o que são causas de justiça, e só o dinheiro importa, o que afronta e minimiza a globalidade da ação sindical.

Por outro lado, o sindicalismo também é prejudicado por aqueles que deveriam considerar os representantes dos trabalhadores como parceiros e não os temer como contrapoder ou adversários.

Um bom gestor sabe que o sindicalismo responsável reivindica condições de trabalho para os seus associados e que ter funcionários motivados e respeitados traduz-se em ganhos tangíveis para as instituições. Contudo, o maior problema até advém do facto de todos, não associados incluídos, beneficiarem dos resultados das lutas, o que leva a que se alguns – no conforto de colher o fruto do trabalho alheio – a elas não se unirem, diminuirão as suas hipóteses de sucesso. Há que rever mentalidades, até porque o futuro não se afigura risonho.