Imagine, caro leitor trabalhador, que no seu local de trabalho alguém o insultava, ou o tentava agredir, ou ostensivamente o filmava através de um telemóvel. Certamente que se sentiria ultrajado, não só por ser alvo de evidente ilícito criminal, como também o ofenderia que alguém pretendesse atingi-lo durante o exercício da sua profissão.
Pois, mas é com esta realidade que por vezes se deparam os polícias que, no decurso da sua missão, se cruzam com pessoas grosseiras ou violentas, e cujas ações chegam a ser desculpabilizadas por alguns magistrados.
Não é novidade esta diferenciação entre os direitos dos trabalhadores-polícia e os demais trabalhadores: lentes ideológicas (e outras) sempre tiveram o condão de turvar a visão de quem julga, mas também de quem dirige, sobrepondo-se ao dever de adesão ao Direito e às leis.
Recordemos que no próximo 1.º de Maio só alguns é que irão trabalhar 24 horas consecutivas e a um valor-hora inferior ao valor-hora normal, facto que não será notícia nem em nada irá perturbar o reinado vigente da desinformação. Nada que não se aguente. Melhores dias virão.