Duas Faces

Os funcionários da PJ continuam a aguardar pela avaliação de 2022

Quando se fala sobre os resultados da Polícia Judiciária, por vezes até se enaltece a capacidade dos seus funcionários, mas o mediatismo dos casos acaba por ser mais bem aproveitado pelos que gerem e vivem do tempo de exposição nas TV.

Isto porque a maioria dos investigadores prefere o anonimato e apenas pretende que lhe sejam dadas condições para trabalhar: viaturas, instalações, meios informáticos, uma distribuição equitativa do trabalho e diretivas internas claras.

E também algo tão simples e basilar como uma correta avaliação de desempenho, uma vez que desta se depende para progredir. Os funcionários da PJ continuam a aguardar pela avaliação de 2022 e de 2023, e já estamos em 2025.

Pelo que vivemos nesta dicotomia: para fora, são orgulhosamente transmitidos os resultados operacionais de uma instituição eficiente. Para dentro, 

convive-se com o silêncio e com um enredo de procedimentos arcaicos e quase kafkianos, que procrastinam o avanço e a natural evolução, e de que ninguém se orgulha. Na PJ, no tocante a atos administrativos, tudo se afigura muito complicado e moroso, e não precisava de ser assim. Há que mudar mentalidades.