Até pode surpreender, mas num número significativo de situações em que é ativada a Prevenção da PJ, apenas um único Inspetor se desloca ao local e, na melhor das hipóteses, pode seguir acompanhado por um Especialista de Polícia Científica (EPC). Este é o cenário mais comum encontrado fora de Lisboa e do Porto, sendo que nestes departamentos as equipas de Prevenção compreendem dois investigadores e dois EPC.
Recordamos que os cidadãos pagam impostos e têm direito à mesma qualidade de serviços onde quer que se encontrem.
Há anos que a ASFIC/PJ vem alertando para o problema das ‘equipas de um’. Esse modelo não é considerado o mais adequado para garantir a melhor e mais eficaz recolha de prova, além de ser dissonante com as boas práticas anticorrupção e regras de segurança.
E se considerarmos a escassez de funcionários nos Piquetes, ou até mesmo a inexistência desse serviço, é possível concluir que, ressalvando-se duas grandes áreas urbanas, a resposta da PJ a crimes de cenário é insuficiente em quase todo o país. Esta realidade contrasta com o recente acréscimo de meios humanos, pelo que o difícil é justificar porque se mantém.