Recentemente surgiram analogias que nada trazem ao debate público. A PJ é um serviço de segurança, corpo superior de polícia especializado na investigação da criminalidade mais grave, complexa e transnacional. A PSP e a GNR são forças de segurança com responsabilidade central de ordem pública, com competências de investigação em matérias não reservadas à PJ. Funções diferentes não significam que uns são ‘superiores’ e outros ‘inferiores’. São missões distintas.
O investigador da PJ só investiga e especializa-se. Na PSP e na GNR, muitos colegas conciliam esse trabalho com turnos operacionais exigentes e gratificados que tentam suprir remunerações insuficientes, estando ora na investigação, ora fora dela. Os números da PJ não vêm de fiscalizações e ocorrências típicas de polícias de proximidade. Não o somos. Isso não desvaloriza ninguém, é apenas diferente.
Há investigações da PJ que beneficiam de contributos essenciais da PSP e da GNR, como é suposto. A colaboração deve ser direta, sem organismos a superintendê-la. Há que compreender os fenómenos criminais na sua profundidade. A uns cabe apanhar os traficantes de rua, a outros combater as organizações criminosas. Sem complexos.

