Esterilidades

O profundo lamento de nada ter sido dito sobre a Polícia Judiciária.

Nesta quinta-feira, assistimos ao debate televisivo entre os dois principais candidatos a primeiro-ministro. António Costa e Rui Rio. Foram discutidos basicamente quatro temas, como a Saúde, Economia, Justiça e TAP. Fiquemo-nos, nesta crónica, apenas sobre a Justiça, em cuja área de governação se insere a Polícia Judiciária.

Como primeira nota, fica o lamento, e preocupação, da discussão que assistimos sobre um assunto de tamanha importância como é a Justiça ter sido circunscrita à questão das nomeações para os Conselhos Superiores das magistraturas, divergindo os candidatos sobre se as suas composições devem ter uma maioria de magistrados ou de nomeações políticas.

Por outro lado, sobre a morosidade da Justiça, que enferma drasticamente o desenvolvimento social e económico de qualquer país, apenas foi ouvido esse mero reconhecimento de parte a parte, sem quaisquer ideias ou propostas concretas apresentadas.

Com exceção da novidade de uma dita figura de “provedor”, proposta por um dos candidatos, que, diga-se, não é mais do que uma esterilidade.
Como nota final, o profundo lamento de nada ter sido dito sobre a Polícia Judiciária, enquanto pilar fundamental da nossa justiça.