Expectativas

Veremos quem é que mais se enganou nos vaticínios.

A carreira de investigação criminal da PJ deposita bastantes expectativas no Orçamento de Estado para 2023. Desde logo, que surjam refletidas verbas que permitam o reequipamento da instituição e o pagamento do valor-hora majorado para todo o trabalho suplementar, de acordo com a legislação, acabando assim com a remuneração abaixo do salário mínimo, ou a valor nenhum, vergonha que clama por solução há 22 anos.

Também se esperam sinais de resolução de assuntos que não têm impacto orçamental, como o são a possibilidade da passagem à disponibilidade a quem serviu mais de 36 anos; a publicação de portarias em falta do Estatuto da PJ (já o deviam ter sido em junho de 2020); e o acesso ao CAAD para a solvência mais rápida e eficiente dos conflitos laborais.

Quanto a alguns decisores, felizmente poucos, também estes têm a expectativa que, se nada for feito ou promovido, que a ASFIC e os seus associados nada farão de muito preocupante; que mesmo que surjam medidas de luta estas serão fúteis exercícios de contestação; e que, assim sendo, conseguirão manter a tranquilidade e o conforto no cargo que ocupam.

A estes últimos, temos a dizer que 22 anos é muito tempo para nos contentarmos só com expectativas. E que em muito menos tempo veremos quem é que mais se enganou nos vaticínios.