Fim de Ciclo

Percebemos agora que, se não se fizer barulho, nada é prioritário

Em abril deste ano, chegará ao fim o ciclo desta direção da ASFIC/PJ. A maioria dos seus elementos não se recandidatará, por três motivos. O primeiro, o natural cansaço de quem acumulou o trabalho com o intenso exercício da atividade sindical, e haver quem se esqueça que esta vive do tempo de descanso de dirigentes e delegados. O segundo tem a ver com o ideal de alternância, próprio de um modelo democrático profundamente enraizado, e que tem permitido mantermo-nos afastados do caciquismo e da dependência política. E o terceiro motivo, talvez o mais importante, deve-se à falência do modelo colaborativo que pretendíamos implementar. Procuramos contribuir ativamente na resolução dos problemas que afetam a instituição e a Justiça, participar na elaboração de regulamentos mais eficientes e leis mais justas, mas fomos obstruídos nos nossos intentos por quem não teve a lucidez de entender esta postura como uma oportunidade.

De facto, achávamos que os interesses comuns poderiam ser mais bem atendidos sem greves, manifestações e ruidosa contestação, mas percebemos agora que, se não se fizer barulho, nada é prioritário. É pena.