Quem desconhece a realidade da PJ e classifica como enorme o acréscimo de 78% ao valor do trabalho suplementar logo se desilude ao perceber que apenas representa um aumento para 6,43€ da hora trabalhada num piquete de fim-de-semana.
E já que falamos de números, compare-se o que é gasto com a PJ com o que é investigado: 18.500 milhões de euros foi o cálculo feito há uns anos do custo anual da criminalidade económica e são estes os valores que as brigadas especializadas procuram recuperar para o Estado e para a economia.
É tal a desproporção de meios neste combate que só com a formação e a efetiva valorização de profissionais serão possíveis resultados visíveis nas áreas da corrupção, do branqueamento de capitais, na fraude ao SNS ou no desvio de subsídios, entre outras.
Estes grandes números sobre os quais se debruça a atividade da PJ é que fazem dela uma das instituições que maior impacto podem ter na melhoria das contas públicas e na confiança dos agentes económicos.
Que tal seja reconhecido pelos decisores públicos. Só então a PJ será considerada não como um mero custo mas como o investimento de que o país precisa.
Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal da Polícia Judiciária