Um sindicato é tão mais forte quanto mais fortes forem os que representa e que por ele se sentem representados.
Os representantes dos trabalhadores devem defender os interesses do coletivo e a ele prestar contas, e este, por sua vez, deve inteirar-se do que é feito em seu nome. Assim também se apoia quem foi eleito, corrigem posições ou se pugna pela sua substituição.
Na sociedade moderna, o comodismo e o individualismo pretendem que os sindicatos defendam direitos particulares, mesmo que contra os interesses da maioria. O novo normal é considerar-se que o demonstrar de desagrados ou críticas deve ocorrer nas redes sociais, ao invés dos canais dedicados para o efeito, através dos delegados sindicais ou nas reuniões de trabalhadores.
Deixando de haver ligação ao sindicato, ou sendo a sua ação dominada por opiniões dispersas e não representativas de qualquer princípio, os poucos acabarão por decidir por muitos e desaparecerá a legitimidade e a força para reclamar o que quer que seja. Para o ano haverá eleições neste sindicato. Aqueles que não querem deixar o futuro de todos à mercê desta modernidade sabem o que têm de fazer.