Numa sociedade de imediatismo e de mensagens em redes sociais replicadas exponencialmente, é cada vez mais difícil o papel das associações sindicais que almejam congregar vários interesses, sem olvidar que a sua razão de ser é a defesa dos trabalhadores.
Os sindicatos, muitas vezes, veem-se confrontados com movimentos inorgânicos, sem lastro, de propagação quase viral, que se alimentam do descontentamento, que fazem exigências imediatas, sem necessidade de fundamentação, sob o mote: “Sejamos realistas, vamos pedir o impossível.”
O problema é que alguns destes movimentos, depois de sequestrados por interesses políticos, são muito semelhantes aos furacões, que tanto levam tudo à sua frente como se desvanecem num ápice. Quase nunca produzem efeitos práticos, até porque o melhor trabalho sindical é feito de consensos e não de ruturas, visto que raramente se pretende uma revolução, mas antes uma evolução das anteriores condições de trabalho.
Para os sindicatos de hoje, o desafio passa por dar resposta às expectativas dos associados, contudo, sem perder identidade e, mais importante, credibilidade. De outra forma será difícil obter resultados.