No discurso de tomada de posse do nosso diretor nacional, o primeiro-ministro referiu que, com os recursos humanos, tecnológicos e meios agora disponíveis, podemos estar concentrados em cumprir a tarefa investigatória da PJ. Gostaríamos que assim fosse, mas temos dúvidas.
O facto é que já devíamos estar a preparar o futuro, mas ainda estamos a corrigir omissões do passado. Os regulamentos do nosso estatuto continuam em falta, e os evidentes erros ali constantes continuam por resolver; os movimentos de pessoal não respeitam vagas nem antiguidades de pedidos; e os concursos, bem, nem vale a pena falar disso. Os meios e recursos não são distribuídos por igual a nível nacional e o que nos impede de estarmos focados no que interessa é haver sempre algo que não é feito de forma equitativa, objetiva e previsível. Mais depressa se tapam buracos do que propriamente se projetam estratégias.
Gostávamos de nos sentir mais satisfeitos e motivados, mas não é fácil. Talvez por acharmos que hoje podíamos ter tudo, mas, algures no passado, perdemos o sentido de justiça dentro da instituição, e isso, afinal, era o mais importante.