Num dia em que surgiram mais notícias da chamada ‘operação influencer’, um canal de notícias fez questão de revelar quem terá beneficiado de uma suposta fuga de informação (sem desvendar, obviamente, quem facultou documentos em segredo de Justiça). Também deu a palavra a um comentador, supostamente bem informado, que, muito indignado, esclareceu os telespectadores que a PJ tinha negociado com os visados o dia da realização de umas buscas. Disse isto e ninguém no estúdio o desmentiu.
Ora, como qualquer cidadão atento saberia dizer, até porque na altura foi mencionado e até foi argumento de recurso para tribunal superior, a PJ nada teve que ver com nenhum desses assuntos. E se tal referência foi feita, como tantas outras ultimamente, tal pode significar que se selecionam comentadores apenas para falar, mal, não sendo importante o seu conhecimento dos temas, arriscando-se a mais acerto qualquer transeunte encontrado à porta das estações televisivas. Como diz a canção de um anúncio do Euro, “Não sabem de futebol, nem nada de nada”, mas em alguns canais fazem mais reviengas do que muitos craques da seleção
Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal da Polícia Judiciária