Recordamos este número agora que vão tomar posse novos Inspetores, e que é referente à totalidade dos investigadores com o que a atual Direção da PJ se deparou quando assumiu funções. Apenas uma inqualificável falta de planeamento e indiferença para com o futuro da instituição justifica a chegada a tal ponto.
De facto, fruto de uma inqualificável falta de planeamento, o anterior elenco optou por devolver dinheiro do orçamento em vez de reivindicar os necessários concursos de ingresso. Louva-se aqui a mudança de rumo nesse aspeto.
Não se pense, porém, que a situação está resolvida, pois o número de investigadores de idade avançada não permite que passe um único ano sem abertura de concursos, isto se se pretende chegar ao minimalista quadro de 1800 investigadores no final da década.
E também não se poderá apenas almejar a quantidade. Dever-se-á manter a qualidade da massa humana resiliente a pressões que fez desta instituição o que é hoje, e que cunhou na PJ a marca de isenção e de independência que lhe são reconhecidas. Neste ponto, assume particular relevância no moldar dos novos investigadores não só o IPJCC, mas também o exemplo dos colegas mais antigos, afinal, os que sustiveram esta casa durante todos estes anos. E onde reconhecemos heróis aos quais todos devemos estar gratos.