Disse o estadista Von Bismarck que com leis más e bons funcionários ainda é possível governar; e que com maus funcionários de nada servem as boas leis. Esta frase deveria estar inscrita nas paredes de todos os ministérios, de forma a que os governantes jamais se esquecessem que são os trabalhadores que moldam políticas anunciadas em miseráveis fracassos ou em retumbantes sucessos.
No caso dos investigadores criminais da PJ, dúvidas não há que são funcionários que, na sua esmagadora maioria, superam constantemente as expectativas neles depositadas. Mereciam ser bem tratados, porque no dia em que resolverem cruzar os braços e deixar as rédeas da Justiça nas mãos de outros, estes, se calhar até com meios e apoios que o Estado não faculta aos que melhor o servem, trocarão ideais por comodidades, e a vida tornar-se-á insuportável para os que almejam a Justiça própria de um país democrático e moderno.
É que o futuro constrói-se no presente. O governo que estime os bons funcionários que ainda tem e as leis, mesmo que más, serão toleráveis. Não o querendo fazer, não se surpreenda com o resultado.