A gestão do que é mais valioso numa instituição – os seus recursos humanos – deveria ser a maior preocupação dos dirigentes, devendo estes atuar de forma transparente, equitativa e previsível. Na administração destes princípios gerais devia ser obrigatório o cumprimento da regulamentação interna, densificadora da lei geral. Ao contrário, muitas vezes assistimos a vieses do regulamentado e à contradição com posições anteriormente assumidas.
Complica-se o problema, quando se acrescem à equação questões como as movimentações para departamentos longe da área de residência e que afetam a vida familiar e pessoal dos trabalhadores. Aqui, todas as cautelas deveriam ser tomadas para evitar o defraudar de expectativas, pois tal constitui-se um vetor de desmotivação com reflexos na produtividade, com prejuízo do Serviço.
Se nem todos os dirigentes públicos têm esta perceção, as pessoas mais esclarecidas da nossa instituição deveriam primar pela diferença nesse sentido e, tal como preconizado no nosso código deontológico, assumir os erros e promover a reparação possível dos efeitos negativos que, eventualmente, tenham resultado da sua ação.