No seguimento da alteração de tutela da Europol e Interpol e da reativa entrevista do Sr. Secretário-Geral da Segurança Interna (SGSI), que veementemente assegurou a permanência da coordenação por parte da PJ, mantiveram-se as mesmas dúvidas. Desde logo: se a alteração da mudança de tutela era sequer um problema?
Aparentemente, sim, para quem – contratado pelo Governo – fez a avaliação, não sendo conhecidas reclamações externas ou internas. Ainda admitindo que fosse um problema, seria o mais premente do SGSI? Então e a adiada extinção do SEF e a falta de recursos humanos nas fronteiras; a coordenação interna dos OPCs; a questão do PIIC; e a cereja do “fogo” da proteção civil.
Pois… Perante um aparente não problema só podia surgir uma (dis)solução organizacional, feita de forma pouco clara, omitindo dados (por exemplo relativos ao ano de 2021 do RASI sobre quem, de facto, usa na quase totalidade os canais UNE e GNI), e recorrendo a “acordos de cavalheiros”, colocando assim em causa a confiança no sistema e nas instituições.
Em conclusão: por ora, apenas nos deram a garantia de que no apetecível harém das informações da investigação criminal alguém de fora vai entrar. Há dúvidas?