Há pessoas que não sabem que se um serviço como o SEF for extinto, não será fácil substituí-lo.
Há quem não saiba que esta organização é composta por Pessoas, com competências adquiridas. Não sabem que, antes de intervir sobre esta organização, deve acautelar-se primeiro o destino de todos os que nela construíram uma carreira.
Não sabem que os cerca de 1000 funcionários do SEF são trabalhadores como quaisquer outros. São pais, mães, têm filhos a estudar e casas por pagar. Não merecem estar há um ano e meio a viver de incertezas, período esse que culminou na semana passada com a notícia (mais uma notícia) de que, afinal, vão passar a trabalhar na PJ, sem saber nem quando, nem como, e quais os direitos que estarão salvaguardados.
Não sabem que os avisos, de que não pode haver prejuízo para quem cá trabalha, são legítimas manifestações de preocupação e não críticas ao que tem sido feito.
E apesar de terem sido as associações sindicais as únicas vozes de bom senso no meio da vozearia, de terem alertado para as dificuldades desde a primeira hora, de terem proposto alternativas, de se terem manifestado pelos seres humanos envolvidos, ainda assim, há pessoas que não sabem para que servem os sindicatos. É não saber mesmo nada.