Os Especialistas de Polícia Científica de identificação e inspeção judiciária acompanham amiúde os trabalhadores da carreira de investigação criminal da PJ aos locais onde ocorreram crimes, para recolha de provas. Nos crimes de cenário, este momento é vital para o sucesso das investigações. Raramente há uma segunda oportunidade para se fazer uma eficaz recolha de vestígios, alguns dos quais etéreos, pela sua natureza ou circunstâncias diversas.
Em todo o país, com exceção de Lisboa e Porto, as equipas que se deslocam aos locais são compostas por apenas dois elementos: um Inspetor acompanhado de um Especialista de Polícia Científica.
Esta é uma composição ao arrepio do normativo internacional e até de regulamentos internos que visam prevenir a corrupção. A ASFIC/PJ há anos que alerta para a necessidade de, pelo menos nas situações de criminalidade grave e violenta, estas equipas terem a composição mínima de quatro elementos. Sem sucesso, por vontade hierárquica.
Com o reforço de meios humanos dos últimos anos, não se compreende a diferença de elementos de prevenção existentes entre as diferentes unidades do país. Incompreensivelmente, até na PJ o país não é todo igual.