Ordem pública

Espectro da nossa sociedade "perfeita" veio apontar acerrimamente a língua e os dedos das mãos aos dois agentes da GNR que ocorreram aos desacatos numa esplanada em Reguengos de Monsaraz.

Espectro da nossa sociedade “perfeita”, distorcidamente justiceira e moralista, veio apontar acerrimamente a língua e os dedos das mãos aos dois agentes da GNR que ocorreram em serviço aos desacatos numa esplanada em Reguengos de Monsaraz no passado dia 16, sancionando-os empertigadamente de falta de zelo e de cumprimento dos deveres funcionais.

A suposta complacência, e incompreendida inação, desses dois agentes de autoridade perante as incessantes agressões físicas e danos materiais observados, foi implacavelmente admoestada por tão sábia e pretensiosa franja do nosso tecido social, confortavelmente assente em sofá e de copo ou caneta na mão, acusando os dois polícias de laxismo e negligência.

Contrariando essa onda tão incomplacente, a ASFIC/PJ endereça a sua solidariedade institucional e funcional à GNR e aos seus dois agentes em causa, relembrando a urgente necessidade de direcionar as naturais valências da GNR e da PSP para a manutenção da segurança e da ordem pública, pois é também a dispersão dos seus efetivos por outras competências funcionais que permite que, numa situação de grave violação da ordem pública, estejam presentes apenas dois polícias.