Planeamento

PJ perderá cerca de 600 elementos para a disponibilidade ou aposentação.

Benjamim Franklim, pensador norte-americano e o rosto na nota de 100 dólares, disse: “Falhar na preparação é preparar-se para falhar.” A estratégia e planeamento nas organizações são fundamentais. Essenciais mesmo, principalmente quando se trata dos bens mais preciosos de uma organização: os seus recursos humanos.

Na PJ, a partir do ano 2000, os concursos de ingresso na carreira de investigação criminal foram praticamente inexistentes. Atualmente, e de acordo com o Balanço Social de 2021, cerca de metade dos 1233 investigadores criminais, que incluem inspetores, chefes e coordenadores, tem mais de 50 anos.

Esta constatação significa que nos próximos anos a PJ perderá cerca de 600 elementos para a disponibilidade ou aposentação, pelo que se impõe planear a médio e longo prazo os concursos de ingresso, obtendo autorizações plurianuais para os mesmos.

Só assim será possível substituir gerações de investigadores, escolhendo ponderadamente os melhores, ministrando a devida formação e permitindo a passagem de testemunho do ‘saber fazer’. 

Importa, ainda, transmitir o sentido de pertença à ‘Judite’, pois o legado dos mais antigos não é só conhecimento, também é espírito de missão. No nosso serviço, nós não falhamos na preparação. Que não falhem os outros no serviço deles.