Sáci-pererê é uma personagem originária do folclore brasileiro, representando um ser mítico oriundo da floresta, que se dedica a fazer diabruras. Sacanices, digamos.
Entre as várias versões existentes dessa figura, tanto pode ser encarado como um ser maléfico ou simplesmente travesso.
Portador de uma carapuça sobre a cabeça, dedica-se a fazer vadiagens tanto às pessoas como aos animais, criando sistematicamente dificuldades quotidianas, quer invadindo as casas das pessoas, quer atormentando e sugando o sangue dos animais domésticos ou incomodando os transeuntes.
Algumas versões da lenda apresentam essa personagem com olhos vermelhos, em alusão a um ser verdadeiramente “endiabrado”. Contudo, a lenda conta que é possível capturar o Sáci, de modo a retirar-lhe a carapuça da cabeça para que perca esses poderes maliciosos.
Reza ainda a história que, se o deixarem, o Sáci pode transformar-se num cogumelo venenoso.
Com esta crónica, nem inocente nem maléfica, pretende-se relembrar que os piores Sácis deste mundo existem. Eles andam por aí, teimosamente, sem desistirem. Temos, todos, de lhes retirar a carapuça da cabeça.