As forças e serviços de segurança têm o dever de cooperar entre si, imperativo legal e social porquanto esta ajuda recíproca visa a Justiça.
Apesar de, na prática, esta entreajuda nem sempre se verificar, como polícias e pessoas impõe-se que nos coloquemos na pele dos outros. A tutela decidiu-se pela extinção de um OPC com competências especializadas, posição que tem mantido, embora com adiamentos. As competências e os colegas que integram este OPC serão transferidos para a GNR, PJ e PSP, que certamente os ajudarão numa transição para estes indesejada. A ocorrer esta transferência de competências, das bases de dados, do saber e da fluidez de informação, é óbvio que numa fase inicial a resposta não será tão eficaz.
Contudo, todos temos capacidade de adaptação, pelo que um dia a resposta será aquela que o cidadão espera e que o SEF já fornece. Mas há algo que se perderá para sempre. Falamos do sentido de corpo, da cultura própria, da estabilidade profissional e da segurança da instituição. E é essa pele que não queremos vestir e na qual nos colocamos para refletir. A cooperação pode e deve existir entre polícias. O absurdo da competição é que não, a menos que os dirigentes assumam as culpas quando as coisas correrem mal, atitude que rareia nos dias que correm.