Morreu o nosso presidente Alves de Moura, o primeiro a ter coragem de assumir o cargo, o primeiro entre os primeiros que viram no sindicalismo uma forma de tentar resolver os problemas que minavam o trabalho na PJ.
Primeiro sócio, primeiro presidente, primeiro presidente honorário.
Primeiro a suportar as pressões que o cargo lhe exigia, primeiro a ouvir críticas injustas, quase insultuosas, primeiro a antever que as nossas questões não seriam solucionadas pela acomodação de outros.
Viveu intensamente o associativismo nas horas vagas roubadas à família e amigos e, mesmo na reforma, continuou a acompanhar a sua obra, participando em todos os eventos e congressos realizados, assim a saúde o permitisse.
Revelador da sua grandeza e modéstia, referia nos seus discursos o valor dos “12 ideólogos” e dos fundadores da ASFIC, dos pioneiros, e dos continuadores, comovendo-se ao citar os nomes dos que já haviam partido, atribuindo-lhes maior importância que a si próprio.
Ele, o primeiro de um sindicato que, se outro mérito não lhe fosse reconhecido, ao menos serviu para evitar o fim da Polícia Judiciária.
Até sempre companheiro. Nós continuaremos.
Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal da Polícia Judiciária