“Ouvir” vem da palavra em latim “audire”. Daí as palavras “audiência”, “áudio” ou “audição”, como exemplos. Conceitos que têm como pressuposto a auscultação. O ato de ouvir. Bem, de preferência. A observação, o cuidado, a atenção. A consideração, sendo bem estendido o termo. Atender, respeitar, ter em conta.
Daí as expressões “ouvidos os partidos políticos”, “ouvidas as testemunhas” ou, porque aproveita o nosso caso, “ouvidos os sindicatos”. É precisamente o que se pretende respeitar quando se fala em concertação social. Significa o respeito pela voz e opinião das partes envolvidas na discussão, com vista a uma convenção final, a um acordo, em defesa dos trabalhadores.
Um processo que exige respeito e diálogo, reunião, com vista a uma concertada conclusão. Exige cedências das partes envolvidas. É o que acontece, e deve sempre acontecer, quando o Governo legisla sobre assuntos do interesse dos investigadores da PJ. Ouvir o que têm a dizer.
Dialogar, negociar, ceder. Esta é a base de qualquer negociação coletiva. Da democracia. Qualquer outra forma é pura enganação. Pura mentira. Aconteceu agora! A ASFIC/PJ não foi respeitada! Não foi “ouvida”, na verdade!