O cuco é uma ave abundante e bem distribuída pelo território nacional. O seu padrão cromático torna-a uma espécie de difícil deteção entre a penumbra dos ambientes que frequenta.
Distingue-se pelo som onomatopaico do seu canto, numa sequência de apenas duas notas – “cu-cu”. Daí o nome, cuco.
O cuco não perde tempo a fazer ninho, nem sequer a tomar conta das suas crias. Aproveita o ninho de outra ave para colocar o seu ovo, enganando a ave dona do ninho, que tanto se esforçou a fazê-lo.
Para tal, o cuco espera apanhar essa ave distraída, de forma a retirar um dos seus ovos e trocar pelo seu.
Ardiloso, sem dúvida. Matreiro. Manhoso. Embora o ovo do cuco possa parecer semelhante aos ovos da ave dona do ninho, não é igual.
Não bastasse, a cria do cuco é a primeira a nascer, lançando os outros ovos para fora do ninho, de forma a livrar-se da concorrência e ser o único a receber o alimento.
Aproveitando esta imagem do cuco, a ASFIC/PJ lembra a todos os “cucos” e pretendentes a “cuco”, que andam por aí à coca esgueirando-se na penumbra, que é muito feio querer fazer seu ninho o ninho dos outros, e mais feio ainda é querer tirar os ovos dos outros para pôr o seu!